Comitê de Crise MRN
FALHAS NO COMBATE À PANDEMIA PÕEM OS TRABALHADORES EM RISCO
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Grande número de trabalhadores faz contato com o Sindicato e reclamam contra procedimentos que burlam as recomendações para a proteção e isolamento diante da pandemia de Covid-19. As críticas são constantes ao “Comitê de Crise” da MRN, pela forma como vem tratando os trabalhadores desde a saída de Santarém até Porto Trombetas.

As principais reclamações são as seguintes:

  • Inexiste funcionário para orientar o uso de máscaras pelo passageiros durante a viagem, que são utilizadas exclusivamente por iniciativa dos viajantes;
  • Na verificação de temperatura de passageiros, na cidade de Óbidos, funcionários não usam luvas, mas apenas máscaras, situação de risco de contaminação;
  • Em Porto Trombetas, não é recebida orientação como ocorrerá a quarentena obrigatória, recebendo-se apenas um panfleto (contra indicado pela contaminação por papel) e cada um direcionado local de isolamento;
  • Neste local de isolamento (escola no distrito de PTR) ficam entre 10 a 12 pessoas em mesmo ambiente, usando beliches, sendo servida comida fria, sem variação de cardápio, e regularmente servido hambúrguer;
  • Moradores no local, em isolamento, são proibidos de saírem de suas residências, sem terem quem faça compras de alimentos para as famílias, obrigando-os recorrer a amigos;


Um trabalhador que contraiu o Covid-19 em Terra Santa ficou tempo demasiado sem assistência, sem nenhum contato do Comitê de Crise ou funcionário da empresa, mesmo após avaliação de equipe de saúde deslocada de PTR. Apesar de constatada a doença, foi penalizado com a demora no atendimento e, só após chegar a estado grave, mereceu o socorro adequado de internação, sendo necessária locomoção aérea.

O presidente do STIEMNFOPA, Jair Cohen, lembrou à gerência de Recursos Humanos da MRN que tais procedimentos contrariam o rigor com que a empresa vem orientando os trabalhadores e combatendo a proliferação da doença. Enquanto a empresa merece elogios pelos cuidados que vem tomando contra a pandemia, as falhas na atuação do “Comitê de Crise” podem trazer consequências letais para todos.

Para as correções necessárias, fez-se à empresa as seguintes solicitações: exigência à empresa Tapajós Expresso para cumprir com rigor as normas de proteção nas embarcações junto aos passageiros; adequação de todos os equipamentos e paramentos de proteção de funcionários, em Óbidos, na abordagem do estado de saúde (temperatura) dos passageiros; checagem da aglomeração de pessoas nos mesmos quartos de quarentena, que facilitam os riscos de contaminação; destinação de equipe para atender isolados na compra de alimentos,; além de alguém da equipe do Comitê de Crise para orientar os que chegam para quarentena, de como será todo o processo de isolamento.

O esforço para vencer a pandemia está acima de quaisquer desentendimentos e devemos apurar toda e eventual falha para a proteção de todos nós contra a pavorosa doença, que ceifa tantas vidas.

          

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